História dos Aparelhos Auditivos
A história dos aparelhos auditivos está repleta de invenções, desde o trompete de ouvido no século XVII até aos aparelhos auditivos e amplificadores de alta tecnologia que temos nos dias de hoje.
É hora de darmos a devida atenção a estes dispositivos e revermos toda a história por trás dos modernos e sofisticados aparelhos usados hoje em dia.
Século XVII: Trompete de ouvido
O primeiro aparelho auditivo literal foi o ‘trompete do ouvido’ – um dispositivo tubular, projetado para canalizar as ondas sonoras para o ouvido. Ao contrário dos aparelhos auditivos de hoje, estes grandes funis eram feitos de materiais como madeira, chifres de animais, conchas de caracol e, às vezes, prata ou chapas de metal.
O seu uso remonta ao século XVII, onde Jean Leurechon, um padre e matemático francês, fez a primeira menção do instrumento na sua obra de 1634, Recreations mathématiques.
Século XIX: Akouphone
Embora os trompetes de ouvido possam ter parecido esteticamente impressionantes, havia uma necessidade inegável de afastamento destes cones de amplificação passivos. Os inventores começaram, então, a trabalhar para criar algo melhor.
Em 1898, Miller Rees Hutchinson inventou o Akouphone, o primeiro aparelho auditivo portátil que usava um transmissor de carbono. Com o uso do transmissor de carbono, a corrente elétrica podia transformar um sinal fraco num sinal forte.
As perspetivas lucrativas deste aparelho auditivo ganharam a atenção de grandes fabricantes e engenheiros que queriam melhorar o dispositivo, o que resultou em dispositivos cada vez mais pequenos e amplamente disponíveis.
Obviamente que isto não aconteceu do dia para a noite, muitas tecnologias foram experimentadas e testadas ao longo da história dos aparelhos auditivos para que se chegasse à tecnologia sofisticada disponível nos dias de hoje.
1920s-1950s: Tecnologia com tubo a vácuo
Em 1920, o engenheiro naval Earl Hanson patenteou o primeiro aparelho auditivo com tubo a vácuo chamado Vactuphone. O dispositivo usava o transmissor do telefone para converter a fala em sinais elétricos, para então serem amplificados pelo recetor. O sucesso foi tanto que os aparelhos auditivos com tubo a vácuo ficaram disponíveis no mercado dos EUA desde 1923.
Como costuma acontecer com a tecnologia, a competição para desenvolver as melhores técnicas de miniaturização auxiliou o desenvolvimento. Os dispositivos foram-se tornando cada vez mais pequenos ao longo da década de 1930 e rapidamente ganharam popularidade entre o público.
Nessa altura, o amplificador e as baterias ainda precisavam de ser usados ao pescoço e o microfone era portátil. Isto significava que as conversas eram feitas ao estilo repórter, algo impensável nos dias de hoje.
1948: Aparelho Auditivo com Transístor
1970s: O microprocessador e os aparelhos auditivos de compressão
1980s: Processadores e microcomputadores de alta velocidade
A década de 1980 marcou o início do desenvolvimento de chips digitais para processamento de sinal digital de alta velocidade. Estes permitiam um processamento rápido, mas eram muito grandes e consumiam muita energia para serem usados em aparelhos auditivos.
Com o tempo, a tecnologia reduziu essas desvantagens a níveis práticos para um aparelho auditivo digital.
Século XXI: Aparelhos Auditivos de alta tecnologia
Entrando no século XXI, podemos ver que os aparelhos auditivos se tornaram muito mais difundidos. Não há dúvida de que a sua longa história de modificação tecnológica e refinamento contínuo serviu para que muitas pessoas utilizem hoje em dia tecnologia moderna de ponta, como conexão Bluetooth e baterias recarregáveis, oferecendo comodidade aos utilizadores.